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Foto: https://www.theclinic.cl/

 

HERNÁN CASTELLANO GIRÓN

( Chile )

 

Hernán Castellano Girón ( Coquimbo , 1937; 2016) foi um escritor e pintor chileno que também se aventurou no cinema. Ele morreu em abril de 2016.Castellano Girón concluiu o ensino médio no Liceo de Aplicación em 1954 e depois estudou Química e Farmácia na Universidade do Chile , onde se formou em 1960 (sete anos depois começaria a trabalhar como professor em sua alma mater).

Após o golpe militar de 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet contra o socialista Salvador Allende , teve que desistir do trabalho universitário e se exilar, primeiro na Itália e depois nos Estados Unidos . 

Na capital italiana foi pesquisador do Instituto Superior de Saúde (1974-1980) e no La Sapienza obteve o título de mestre em literatura latino-americana com tese sobre Rosamel del Valle (1981).

Uma vez na América do Norte, obteve o doutorado (PhD) na Wayne University , Detroit (1985) e no ano seguinte começou a trabalhar como professor na California Polytechnic State University, na cidade de San Luis Obispo , de onde sairia em 2007 para retornar ao Chile.

Ele mora em Isla Negra desde 2008, em uma casa localizada em frente à de Pablo Neruda , transformada em museu .

Como pintor, HCG (como gosta de ser chamado),  foi sobretudo ilustrador da obra de outros poetas como Neruda, César Vallejo , Rosamel del Valle, Vicente Huidobro e Federico García Lorca . Ele participou de inúmeras exposições coletivas e teve exposições individuais em Roma, Detroit, Santa Bárbara e San Luis Obispo.

O primeiro livro que publicou foi um de contos, Kraal , em 1965. Ele continuou a praticar esse gênero, além de escrever poesia e romances. Seus artigos de crítica literária já foram publicados em diversas revistas especializadas, participou de diversos festivais e algumas de suas obras foram traduzidas para outros idiomas.

No início da década de 1970 , aventurou-se no cinema, filmando Nosferatu, uma cena crioula , filme em que o próprio HCG interpretou um padre maluco. Apesar de ter terminado antes da chegada da ditadura , não conseguiu editá-lo totalmente e teve que enterrá-lo no pátio de sua casa: o problema é que o filme, uma adaptação solta de Drácula de Bram Stoker , "tinha alusões a Homeland e Liberdade mostrando algumas aranhas com as formas do símbolo do grupo armado de direita, aranhas que infectaram o pobre vampiro ». O título é uma paródia do primeiro filme de vampiros (também baseado no personagem Drácula)", do diretor expressionista alemão Friedrich Murnau : Nosferatu eine simphonie aus grauens ( Nosferatu, uma sinfonia de terror ; 1922). 

Embora tenha uma dúzia de livros publicados, Castellano Girón tem sido um "escritor quase secreto" desconhecido no Chile, provavelmente devido em grande parte ao seu longo exílio. O mesmo autor, porém, considera que o seu "maior pecado foi apenas um, ser original, fazer um discurso que não se enquadra em nenhuma das linhas aceitas e aceitáveis, principalmente na narrativa". 

Agradecimentos

Castellano Girón (Coquimbo, 1937; 2016) fue un escritor y pintor chileno que incursionó también en el cine. Murió en abril de 2016.

Ver a extensa bibliografia do autor em:

https://es-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Hern%C3%A1n_Castellano_Gir%C3%B3n?_x_tr_sl=es&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BARATARIA  Revista de Poesia.  Ano 9  Número 21Director  Mario Sampaolesi.  Buenos Aires: Fondo Cultura Cultura BA, Junio 2008.  ISSN 1668-1460                     Ex. bibl. de Antonio Miranda

 

 

 LA NOVIA DEL LAGO

Ahora recorramos otra vez los caminos del dolor
A  patita o en tren, vagón de tercera antiguo
Como esos donde había ebrios y cerdos aterrados
Acezando y chillando por la muerte que se les venía encima.
Caminemos sin caminar, sin llegar a ninguna parte
Los que estamos junto por la ilusión
Pero separados por el destino
Que manda sobre todas las cosas
Y traza dibujos quemados a soplete
Más debajo de la piel, empujando
Las compuertas de nuestras aguas al vacío.
Allá en un lago muy lejano, al final
De todos los caminos, cerca de Yumbel
Se dice que una novia blanca camina
Sobre las aguas como si fuera una Jesusa en camisa nupcial
Que tuviera un camino más ancho que la muerte
Donde esperar a su novio designado
O a su propia ilusión cocinada en los alvéolos
Del cerebro maquinador y esclavo de sus vicios.
Esa novia es la novia de todos
Los que alguna vez esperamos y no tuvimos
Pero también de los que tuvimos sin espera alguna
Salvo la de infinitos años signados por rasguños
Que despedazaban y a la vez recomponían
Todos los vericuetos del alma.
En ese lago también, cuando la realidad
De verdad existía, había cueros acechando
La profundidad del ojo de agua, que decían
Llegaba hasta el infierno o muy cerca de él.
Los cueros se comían vivos al ganado
A las especies aviares inocentes y a los hombres pecadores
Y como en el dolor es cuando se escriben los versos
Ahora los escribimos para recordar esas muertes y maravillas
Y recordar también esos pasos que nunca dimos
Mientras el sueño y las ideas cabalgaban juntas.
Ahora que nada parece posible
Y que un cuero más grande que el que pudiera existir
En el lago más vasto del planeta
Nos devora desde el cielo, la tierra y las aguas
Corrientes y estancadas, ahora mismo
Es posible soñar otro poco
Y caminar sollozando y orillando ese lago
Donde hay una novia y un cuero esperando
Cada uno esperando hacer lo suyo sin reparos
Bajo la luz de un plenilunio espléndido
Para que el orgasmo y la agonía sean
Las dos mitades de lo que nos desmenuza y nos siembra.       

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

A NOIVA DO LAGO

Agora percorramos outra vez os caminhos da dor
A pé ou em trem, vagão de terceira antigo
Como esses onde havia ébrios e porcos aterrados
Lubrificando e guinchando  pela morte que lhes vinha encima.
Caminhemos sem caminhar, sem chegar a lugar nenhum
Os que estamos juntos pela ilusão
Mas separados pelo destino
Que manda sobre todas as coisas
E traça desenhos queimados a maçarico
Mas debaixo da pele, empurrando
As comportas de nossas águas ao vazio.
Lá em um lago bem distante,  no final
De todos os caminhos, perto de Yumbel
Dizem que uma noiva branca caminha
Sobre as águas como se fosse una Jesusa com camisa nupcial
Que tivera um caminho mais longo que a morte
Onde esperar ao seu noivo designado
Ou a sua própria ilusão cozida nos alvéolos
Do cérebro maquinador e escravo de seus vícios.
Essa noiva é a noiva de todos
Os que alguma vez esperamos e não tivemos
Mas também dos que tivemos sem espera alguma
Exceto a de infinitos anos assignados por arranhões
Que despedaçavam e ao mesmo tempo reconstruíam
Todos os meandros da alma.
Nesse lago também, quando a realidade
De verdade existia, havia coros perseguindo
A profundidade do olho de água, que diziam
chegava até o inferno ou bem perto dele.
Os couros comiam vivos o gado
As espécies aviarias inocentes e os homens pecadores
E como na dor é quando se escrevem os versos
Agora os escrevemos para recordar essas mortes e maravilhas
E recordar também esses passos que nunca demos
Enquanto o couro e as ideias cavalgavam juntas.
Agora que nada parece possível
E que um coro maior que poderia existir
No lago mais vasto do planeta
Nos devora desde o céu, a terra e as águas
Correntes e estancadas, agora mesmo
É possível sonhar outro tanto
E caminhar soluçando e contornando esse lago
Onde há uma noiva e um couro esperando
Cada um esperando fazer o seu sem reparos
Sob a luz de um plenilúnio esplêndido
Para que o orgasmo e a agonia sejam
As duas metades do que nos esmiúça e nos semeia.        

 

*

 

VEJA e LEIA  outros poetas do CHILE  em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/chile/chile.html

 

Página publicada em março de 2023


 

 

 
 
 
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